quarta-feira, 9 de abril de 2025

POP e IT DIFERENÇAS IMPORTANTES

 

POP – Procedimento Operacional Padronizado

O POP é um documento formal, técnico e descritivo, utilizado para padronizar processos que envolvem riscos sanitários, operacionais, administrativos ou de qualidade. Ele garante que as atividades sejam executadas de maneira uniforme, segura e conforme os requisitos legais e normativos, especialmente no setor de alimentos e saúde.

🔍 Estrutura típica de um POP:

  • Título e Código: identificação do procedimento e rastreabilidade documental.

  • Objetivo: finalidade do procedimento.

  • Abrangência: áreas ou setores onde o POP se aplica.

  • Responsabilidades: quem executa, supervisiona e verifica.

  • Materiais e Equipamentos Necessários: tudo o que é necessário para executar a tarefa.

  • Descrição Detalhada do Procedimento: passo a passo da atividade.

  • Pontos Críticos de Controle (PCC): etapas sensíveis que exigem atenção especial.

  • Medidas Corretivas: ações a serem tomadas em caso de desvios.

  • Documentos Relacionados: formulários, registros ou manuais vinculados.

  • Tempo de Retenção dos Registros: conforme exigido por normas.

  • Referências Legais/Normativas: base legal que embasa o POP.

  • Data de Emissão e Revisão: controle de versões.

✅ Aplicações:

  • Processos críticos ou exigidos por legislação (ex: limpeza e sanitização, controle de pragas, higiene de manipuladores).

  • Procedimentos administrativos ou de produção que necessitam de rastreabilidade.

  • Treinamentos e auditorias internas.


🧾 IT – Instrução de Trabalho

A Instrução de Trabalho é um documento prático, enxuto e visual, voltado à execução de uma tarefa específica dentro de um processo mais amplo descrito no POP. Sua função é facilitar a compreensão do colaborador, servindo como um manual de bolso ou guia rápido, com linguagem acessível e, muitas vezes, com fotos, ícones ou fluxogramas.

🔍 Estrutura típica de uma IT:

  • Título e Código: geralmente referenciado ao POP de origem.

  • Objetivo resumido: o que se espera da tarefa.

  • Materiais Necessários: listagem prática.

  • Passo a Passo: instruções diretas e claras, muitas vezes numeradas ou em tópicos.

  • Cuidados Especiais: alertas ou destaques para evitar erros.

  • Ilustrações/Imagens: quando possível, fotos ou desenhos para facilitar a compreensão.

✅ Aplicações:

  • Atividades rotineiras executadas por operadores, manipuladores ou auxiliares.

  • Situações que demandam agilidade e objetividade, como montagem de kits, preparo de refeições, higienização de equipamentos, etc.

  • Suporte visual em locais de trabalho (afixadas em murais ou estações de produção).


📌 Resumo comparativo:

AspectoPOPIT
FinalidadePadronizar processos complexos e/ou críticosGuiar a execução de tarefas específicas
TamanhoExtenso (várias páginas)Curto (geralmente 1 página)
LinguagemTécnica e formalSimples, direta e ilustrativa
AbrangênciaProcessos completosTarefas pontuais
Exigência LegalSim, em alguns casos (vigilância sanitária)Não exigida, mas altamente recomendada
UsoAuditorias, treinamentos, rastreabilidadeOperacional, dia a dia da produção
AtualizaçãoMais criteriosa e formalMais ágil e frequente


 

A rastreabilidade é uma série de procedimentos que permite identificar a origem e acompanhar a movimentação de um produto ao longo de toda a cadeia produtiva, com informações e documentos registrados. Ou seja, é uma forma de conhecer o caminho percorrido pelo produto, desde o plantio até chegar ao consumidor.

Na prática, os produtos vegetais frescos deverão ser identificados com o nome ou razão social do produtor, endereço, coordenada geográfica ou certificado de cadastro de imóvel rural, espécie ou variedade, data da expedição, além da informação “não contém glúten”. A exigência vale para todos os entes da cadeia: produtor, processador, distribuidor, varejo e/u atacado.

Procedimentos: a identificação do produto deve acompanhar todas as etapas da cadeia produtiva de vegetais frescos, com rótulo ou etiqueta contendo as informações básicas sobre a procedência do produto. Além disso, os produtores deverão manter o registro, em nível de propriedade, dos insumos agrotóxicos usados na produção, além de receituário agronômico emitido por profissional competente.

A rastreabilidade de produtos vegetais frescos está regulamentada pela Instrução Normativa Conjunta nº 2, do MAPA (Ministério da Agricultura) e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de 07 de fevereiro de 2018 (os prazos de entrada em vigência foram parcialmente alterados pela INC-1, de 15 de abril de 2019).

Você sabia que já é obrigatório rastrear frutas, legumes e verduras no Brasil?

 Desde 8 de fevereiro de 2018, o Ministério da Agricultura (MAPA) e a ANVISA estabeleceram a Instrução Normativa Conjunta nº 02/2018, que exige a rastreabilidade dos produtos vegetais frescos destinados à alimentação humana. O objetivo é claro: proteger a saúde do consumidor, garantindo o controle de resíduos de agrotóxicos e mais segurança em toda a cadeia alimentar.


Mas afinal, o que é rastreabilidade?

É a capacidade de identificar a origem do alimento e acompanhar seu caminho até chegar à mesa do consumidor. Isso é feito por meio de registros organizados e informações documentadas — ou seja, saber o que é o produto, de onde veio e para onde foi.

Mais do que uma exigência legal, a rastreabilidade é um diferencial competitivo. Ela fortalece a confiança do consumidor, facilita auditorias, reduz riscos e valoriza quem faz um trabalho sério no campo.

Está pronto para transformar sua produção em sinônimo de confiança e qualidade?